5 filmes estrangeiros que marcaram 2019

Listas, quem não as ama. Na Cineplace também as fazemos e, a pensar em ti, escolhemos 5 filmes internacionais que se destacaram em 2019. Juntámos ainda algumas curiosidades que, temos a certeza, nunca ouviste falar e vais adorar conhecer. Prepara-te, a viagem é longa.

AVENGERS: ENDGAME

Pode-se dizer que Avengers: Endgame é um marco na história do cinema, já que se trata da conclusão de 11 anos e 21 filmes ligados ao universo Vingadores na sua batalha final contra o vilão Thanos. A trama, realizada pelos irmãos Anthony e Joe Russo, é o clímax de um trabalho desenvolvido pela Marvel Disney.

Trata-se de uma película que coloca o ponto final na saga e promete trazer “a luta de uma vida”. Após Thanos eliminar metade da população mundial, os Vingadores lidam com o luto da perda de familiares e amigos quando decidem unir-se pela última vez para derrotarem o vilão e poderem recuperar aqueles que foram levados com o mítico estalar de dedos daquele.

Uma das maiores reviravoltas de Endgame é a decisão de Steve Rogers permanecer no passado. Um Rogers idoso que entrega o seu escudo de Capitão América ao amigo Sam Wilson, conhecido por Falcon. Para quem é fã da bandas desenhada, sabe que existe uma precedência para isso, pois Wilson tornou-se o Capitão América na série Shadowland 2010. No entanto, os fãs também apontam que Bucky Barnes (que testemunha a troca) também pode ser candidato ao cargo, já que foi o homem por trás do escudo na série de banda desenhada de 2007: A Morte do Capitão América. Esperemos, pois, pelos próximos episódios.

O REI LEÃO

Quando O Rei Leão estreou, em 1994, tornou-se instantaneamente um dos filmes mais icónicos da Disney e com este remake lançado em Julho do ano passado tornou-se no filme mais visto em Portugal, destronando Avatar, de James Cameron.

A longa metragem realizada por Jon Favreau foi criada inteiramente em estúdio com as coloridas animações de paisagens africanas, a história da disputa pelo Trono da selva numa produção de imagem real, com uma estética moderna e avançada, onde todos os cenários e animais foram construídos por computadores através de realidade virtual; já a banda sonora voltou a ser composta por Hans Zimmer, Elton John e Tim Rice, que criaram a música em 1994, tal como Beyoncé e Donald Glover (Childish Gambino) que interpretaram as versões adultas de Nala e Simba.

Na representação, destacam-se James Earl Jones, que dá voz a Mufasa, Chiwetel Ejiofor, que é Scar; John Oliver, o pássaro Zazu, e Billy Eichner e Seth Rogen, que interpretam, Timon e Pumba, uma das melhores duplas de animação de sempre.

Esta obra necessitou de 130 animadores de 30 países diferentes para criar as personagens de O Rei Leão.

ONCE UPON A TIME… IN HOLYWOOD

Há algum tempo que Tarantino não brindava o público com uma obra cinematográfica. De toda a sua carreira, Once Upon a Time… In Hollywood é, provavelmente, o menos sanguinário de todos. Estreado nas grandes telas em Agosto, o filme pretende retratar a época de infância do realizador em Los Angeles, nas décadas de 60 e 70, onde viveu junto dos velhos cinemas de rua, com o auge do movimento hippie e o culto liderado por Charles Manson, que resultou na morte da actriz Sharon Tate, assassinada em Agosto de 1969 quando estava grávida de 8 meses. Contando a história à sua maneira, o realizador propõe um fim diferente para lidar com esta fatalidade histórica.

O título do filme Once Upon a Time… In Hollywood e a dupla sobrevivente da velha guarda (Brad Pitt e Leonardo Di Caprio) são inspirados no cineasta Sergio Leone (Era Uma Vez no Oeste e The Good, The Bad and The Ugly). Para além disso, está repleto de referências à própria obra do realizador, como a amizade que lembra a dupla John Travolta e Samuel L. Jackson em Pulp Fiction, a celebração de duplos, em Death Proof, o seu amor pelo faroeste em Django Unchained e The Hateful Eight, e a violência contrafactual em Inglourious Basterds.

Numa entrevista à GQ Austrália, Tarantino deixou claro que deixará de realizar após o seu décimo filme, o que significa que só teremos mais um original.

JOKER

Vencedor do Leão de Ouro de 2019, em Veneza, o filme é apontado como um dos grandes candidatos a várias nomeações para os Óscares. Realizado por Todd Phillips e produzido por Martin Scorsese, foi uma das películas que mais impacto teve durante o ano que acaba de findar.

Joker chama a atenção pela ousadia e originalidade, sendo um dos antagonistas mais celebrados da sétima arte. Uma narrativa que conta as origens de Arthur Fleck, interpretado por Joaquin Phoenix, um homem que oscila entre a realidade e a loucura para se integrar na sociedade despedaçada de Gotham.

A história tem um final anunciado, no entanto, o guião oferece surpresas. Joker foi feito para ser levado a sério, algo incomum nos filmes da DC. Joaquin Phoenix conseguiu suceder Ledger com dignidade, tornando Joker uma personalidade inegavelmente sua, humana, numa versão fiel aos comics e ao mesmo tempo mais elegante.

Para interpretar o papel de Joker, Joaquin Phoenix, a pedido do realizador, perdeu cerca de 23 quilos. O ator confessou à Associated Press que com a perda de peso teve sentimentos de vulnerabilidade e fraqueza, algo que o afectou psicologicamente, e que acabou por fazer sentir que perdeu o controlo das suas acções durante os meses de filmagem. Phoenix admitiu também que a dieta prejudicou a sua vida social e acabou por ter de se afastar de amigos por ter de planear as suas interacções sociais tendo em conta as refeições.

Por fim, e como curiosidade, no seguimento do filme foi pintado um mural de Joker no Cacém, arredores de Lisboa, da autoria de dois artistas portugueses, Styler (que fez o rosto) e Joker (que desenhou as letras que compõem o seu próprio nome artístico), em homenagem ao famoso vilão, num trabalho que durou cerca de nove horas.

STAR WARS: A ASCENSÃO DE SKYWALKER

A conclusão da trilogia Star Wars conta com o encerramento da saga Skywalker e chegou aos cinemas em Dezembro. A trama, realizada por J.J. Abrams, passa-se um ano após os acontecimentos do filme anterior e, se quiseres saber um pouco mais sobre o filme em si, podes ler o nosso artigo A Ascensão de Skywalker em Star Wars.

Com a chegada desta obra, conhecemos um novo droide D-O, que acaba por ser essencial à história, já que os seus bancos de memória conhecem todos os segredos de Exegol, algo conveniente e que nos faz lembrar R2-D2 quando este tinha também nos seus bancos de memória os planos da Death Star no Star Wars original. Para além disso, quem dá voz a esta personagem é o próprio realizador: J.J. Abrams. Curioso, não?

Como participação especial, temos a cameo de John Williams, compositor responsável por muitas das músicas icónicas da saga – que aparece no planeta Kijimi, como barman e com o nome de Oma Tres, que é um anagrama para a palavra maestro. Outra curiosidade deste filme tem que ver com o novo trono do Imperador, baseado em obras do artista de Star Wars Ralph McQuarrie, falecido em 2012, que fez os esboços originais há mais de 30 anos.

Queres mais curiosidades? É melhor ficarmos por aqui, que o filme ainda está em exibição nos cinemas Cineplace e não queremos estragar surpresas.

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